quarta-feira, 25 de abril de 2007

Idéias para começar

Nestes primeiros dias, depois das reuniões de planejamento geral da escola, busquei inspiração para o meu trabalho e planejamento mais específico da Sala Informatizada. Encontrei na revista Nova Escola do mês de março deste ano, uma entrevista com um especialista em Mídia e Educação da Universidade Católica de Milão, PIER CESARE RIVOLTELLA, e gostei muito de como ele vê o uso das novas tecnologias na escola.
Ele diz que os alunos hoje têm acesso a muitas tecnologias mas que seu uso é superficial, por causa da pressa em se explorar tudo. E nós educadores temos o papel de ajudar nossos alunos a se aprofundarem no uso das tecnologias como instrumento pedagógico para a aprendizagem, como ferramenta de produção.
A revista Nova escola pergunta sobre a atuação do professor.
O que o professor precisa para explorar as tecnologias em sala de aula?
RIVOLTELLA Precisa saber fazer análises críticas e organizar atividades de produção usando essas tecnologias (e também os meios de comunicação). Os computadores e celulares deixaram de ser apenas ferramentas de recepção. Hoje, são também de produção. Uma criança pode tirar fotos ou fazer vídeos com um celular e publicá-los na internet. Qualquer um pode editar e produzir conteúdo. Há cinco anos, éramos apenas consumidores de conteúdos prontos. Da mesma forma, é importante o professor organizar palestras e oficinas de produção multimídia, conhecer as linguagens da mídia, saber utilizar uma câmera e dominar a dinâmica dos textos na internet, com seus links para outros textos. Na Itália, trabalhos como esse são feitos nas disciplinas de Arte e Língua Italiana no Ensino Fundamental.
Como podem ver o nosso desafio é grande e permanente. As tecnologias não param de avançar, os jovens e crianças conseguem acompanhar tranqüilamente este ritmo, cabe a nós educadores fazer o que Rivoltella nos sugere, saber fazer análises críticas e desenvolver projetos usando estas tecnologias, conhecer as linguagens da mídia e com tudo isto não ficar para trás no uso destas tecnologias, precisamos ter o mesmo espírito de curiosidade que nossos jovens e crianças têm.
Com este pensamento dei início as atividades na sala informatizada, sempre tenho a impressão que estou “correndo atrás da máquina”, tanto na força da expressão como literalmente que realmente corremos atrás de muitas tecnologias, cada dia que amanhece algo novo surgiu.

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